terça-feira, 27 de julho de 2010

O BLUES APARECEU COM MAIS FORÇA , NA VOZ DE ALBERTA HUNTER.

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"Alberta Hunter, cantora de blues foi revelada no início da década de 20, quando deixou sua cidade natal, Chicago, e foi para Nova York. Além de cantar, Alberta começou a atuar em musicais locais. Na década de 30, mudou-se para a Europa e estrelou o musical Show Boat. De volta aos Estados Unidos, a cantora continuou gravando até o início dos anos 50, quando abriu mão de sua carreira para se tornar enfermeira e cuidar de sua mãe doente.


Por quase 30 anos, Alberta Hunter ficou afastada da música, mas uma aposentadoria forçada da função de enfermeira trouxe a cantora de volta ao seu lugar de direito. No fim dos anos 70, retoma sua carreira e lança um de seus discos mais importantes, Amtrak Blues, em 1978, aos 83 anos.


Ao seu lado, além do quarteto do pianista Gerald Cook, o disco tem a presença de convidados ilustres como o trombonista Vic Dickenson, o trompetista Doc Cheatham e o saxofonista Frank Wess.


O disco abre com “The Darktown Strutters’ Ball”, que começa calminha e depois vira um mistura deliciosa entre jazz e blues. Destaque para o solo de Cheatham e, é claro, todo o swing de Alberta. Outra música que vai eletrizar o ouvinte é a clássica “Sweet Georgia Brown”, com direito a solo do mestre Wess.


 O blues aparece com mais força nas faixas “I’m Having A Good Time” e “Amtrak Blues”. As baladas também estão presentes por aqui. Entre elas, “Old Fashioned Love” e “Nobody Knows You When You're Down & Out ”. O CD ainda traz a versão inusitada de “My Handy Man Ain’t Handy No More” e “A Good Man Is Hard To Find”, com destaque para o trombone de Dickenson.


Antes de terminar de falar de Alberta Hunter, é importante dizer que ela é compositora da música “Downhearted Blues”, um dos maiores sucessos da carreira da cantora Bessie Smith, outra peça importante da história do blues e do nascimento do jazz.


Alberta Hunter, que morreu em outubro de 1984, aos 89 anos."


Texto : Emerson M. Lopes
(Editor do Guia de Jazz)






Faixas :

1- The Darktown Strutters' Ball
2- Nobody Knows You When You're Down & Out
3- I'm Having A Good Time
4- Always
5- My Handy Man Ain't Handy No More
6- Amtrak Blues
7- Old Fashioned Love
8- Sweet Georgia Brown
9- A Good Man Is Hard To Find
10- I've Got A Mind To Ramble

Segunda gravação Alberta Hunter desde o lançamento de seu retorno notável (ela tinha 83 anos quando este álbum foi gravado) encontra a veterana cantora de blues ( uma sobrevivente da década de 1920 ) ainda em forma, surpreendentemente forte e cheia de espírito.

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domingo, 25 de julho de 2010

SONNY CRISS DEIXOU A SUA MÚSICA FALAR POR ELE



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Este é o Sonny Criss , no auge de sua música . Em particular , a sua performance de "Black Coffee" é incomparável , e mostra Sonny no topo de sua forma, tanto a sua técnica como juntamente com o seu sentido sentimento profundo do blues. A gravação de todo o disco vale quanto pesa, eu e você juntos e mais uma dúzia de cervejeiros bem calibrados ,apenas para esse desempenho do Sonny nesse disco . Se encontrar melhor... É difícil, imaginar e ouvir um músico qualquer tocando as notas do seu sax, como as ouvidas tocadas por Criss, nesse presente disco. 

 
Eu classificaria este disco, superior a 10 estrelas se critico fosse . Sonny Criss mergulhava no fundo da alma ao tocar  e  extrair as suas belas notas musicais . A partir do número de abertura "Black Coffee" ( MARAVILHA !!! ) para a faixa "Love For Sale " , temos a sorte de ter a experiência do nirvana ,neste disco. Cada canção desse disco é um copo de cerveja bem gelado, descendo pela garganta em um dia de sol,  um whiskyzinho no fim de noite ou da bebidinha que você  gostar mais !
Além disso, ouça Walter Davis e sua maneira de tocar piano.... É incrível !  É mais uma outra característica deste disco soberbo, que você vai se deleitar, wuiskeizar ou cervejar ! ( O que combinar mais ) .

Turma da cozinha :

Sonny Criss ( saxofone alto )
Walter Davis ( piano )
Paul Chambers (baixo )
Alan Dawson (bateria)


 
Faixas :
 
1. Black Coffee
2. Days Of Wine And Roses
3. When Sunny Gets Blue
4. Greasy
5. Sunrise,Sunset
6. Steve's Blues
7. Skylark
 8. Love For Sale
 
 
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Se você ama músicas do anos 60 , sax e jazz acoustico, você precisa ter um presentão desse na sua coleção.
 
 E eu como bom amigo não poderia deixar de postar essa preciosidade para você que o amigo Érico Cordeiro , do " Blog Jazz + Bossa "  , lá de São Luís no Maranhão, teve a feliz ideia de me presentear esse discaço.
Afinal, Ele, entende mesmo da boa música.
 E como entende !

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Biografia (*)

Nascimento: 23 de outubro de 1927
Morte: 19 novembro de 1977

"saxofonista Sonny Criss é uma figura bastante tragicamente esquecidos do jazz. Nascido em Memphis , em 1927, ele se mudou para Los Angeles na idade 15 anos , onde permaneceu grande parte de sua carreira . Quando se tornou profissional após terminar a escola , ele se juntou a várias bandas da Costa Oeste e tocou com artistas como Billy Eckstine e Johnny Otis . Ele também participou do "Gene Norman's Just Jazz " shows ao lado de estrelas como Howard McGhee, Stan Getz e Wardell Gray . Em 1948, Criss foi uma parte de Norman Granz 's Jazz na Filarmónica . Em meados da década de 1950 Criss tocou com Buddy Rich e gravou uma sessão com Rich e Wynton Kelly ao vivo em Chicago "Sonny Criss na Crossroads ", mas a sua base geral em LA deixava isolado. Demitiu-se da relativa obscuridade em Los Angeles , ele optou por uma mudança para Paris , onde foi dado o devido reconhecimento e fez alguns registros deslumbrante para as gravadoras locais . Ele continuou a tocar e gravar esporadicamente após o retorno do continente , em especial uma série de álbuns em meados dos anos 60 para a Prestige que deu-lhe a aclamação da crítica . Ele ganhou o prêmio de Downbeat " Talento merecedor de maior reconhecimento ", em 1968 , um elogio ao homem e artista. Ele então retornou para turnê na Europa em 1974 e apareceu em Monterey com Dizzy Gillespie em 1977.

Em 19 de novembro de 1977 , Criss tirou a própria vida . Por mais de uma década após sua morte, as razões para o suicídio Criss permaneceu obscura. Sua maneira de tocar até o final foi no auge da forma .O mistério da sua morte foi finalmente autorizada peja sua mãe em 1988 ,Lucy Criss revelou que seu filho sofria de cancer do estômago : "Manteve-se ainda o silencio sobre o assunto e trabalhou por tanto tempo quanto podia. "Pode-se facilmente imaginar Criss em seu silêncio , Ele era um homem introspectivo, tanto que levou suas decepções e suas alegrias silenciosamente dentro de si. Criss raramente se queixou sobre o que os problemas que ele enfrentou, médico ou outro. Assim como raramente ele insistir em suas realizações e suas esperanças para o futuro. Ele deixou a sua música falar por ele. "

(*) Texto : Michael Ricci ( fundador e editor da All About Jazz )

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Conrado Paulino Quarteto



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Este é o CD do Conrado Paulino Quarteto, que mostra a melhor receita da moderna música instrumental, combinando o balanço brasileiro à liberdade e complexidade da linguagem jazzística. São 11 faixas incríveis interpretadas por Débora Gurgel (piano e flauta), Marinho Andreotti (contrabaixo acústico e elétrico) e Celso de Almeida (bateria), além do violonista Conrado Paulino, responsável pelos arranjos do quarteto.


O estilo do violonista, guitarrista, arranjador e compositor Conrado Paulino é uma fusão original de três vertentes: a principal está voltada para o repertório musical brasileiro, a sua base de criação; a outra se revela na influência jazzística, incorporada especialmente na leitura harmônica dos seus arranjos e na abertura para improvisação e a terceira está vinculada ao aproveitamento de técnicas de violão clássico na execução das melodias. Ou seja, uma ótima mistura de repertório brasileiro, linguagem jazzística e técnica clássica.





Conrado realiza um trabalho de escolha, resgate e recriação de temas e autores da MPB e intercala estas produções com músicas de sua autoria, mesclando temas consagrados e inéditos. Esse trabalho é apresentado em concertos - atuando como solista de violão ou com o seu grupo, o Conrado Paulino Quarteto - onde reune pesquisa, composição, arranjos e interpretação.

Conrado acompanhou vários artistas de expressão da MPB como Rosa Passos, Alaíde Costa, Johnny Alf, Sueli Costa e Alzira Espíndola e, como instrumentista, tocou junto com feras como o Zimbo Trio, Roberto Menscal, Paulinho Nogueira, Heraldo do Monte, Hector Costita, Luiz Chaves e Vinicius Dorin, entre outros.


Escreveu vários arranjos para a cantora Alaíde Costa, fez os arranjos para o show “De Costa a Costa”, com Alaíde e a compositora Sueli Costa - apresentado no Teatro Popular do Sesi - e para o espetáculo “Boteco do Cabral homenageia Maysa”, do jornalista e escritor Sergio Cabral. Escreveu também os arranjos do CD “Apanhado”, da cantora Márcia Mah.

Entre 1987 e 1999 foi professor e supervisor do departamento de Cordas do CLAM, a prestigiosa escola do Zimbo Trio e um dos principais redutos de divulgação e preservação da nossa música.

Ex-professor de diversos músicos que ganharam notoriedade no cenário artístico - entre os quais Chico César, Nuno Mindelis, Tomati, Camilo Carrara, Fernando Corrêa (Orquestra Jazz Sinfônica), Sergio Carvalho (Djavan) e Lancaster – Conrado é professor da ULM (Universidade Livre de Música do Estado de São Paulo) e editor musical da edição brasileira da revista Guitar Player



Faixas:

1- Fefe 5:09 Conrado Paulino
2- Doralice 5:00 Dorival Caymmi
3- Isabel 6:26 Conrado Paulino
4- Samba da Catalina 4:34 Conrado Paulino
5- Eu Não Sabia 4:58 Conrado Paulino
6- Nena 5:17 Conrado Paulino
7- Nena 5:17 Conrado Paulino
8- Salada Nordestina 4:01 Conrado Paulino
9- (Desconstruindo O ) Samba da Minha Terroa 3:26 Conrado Paulino
10- Saraus De Americana 4:56 Conrado Paulino
11- A Felicidade 3:48 Tom Jobim - Vinicius De Moraes
12- Choro Bandido 3:14 Edu Lobo - Chico Buarque

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Chorando baixinho - Paulo Moura.



Paulo Moura & Arthur Moreira Lima - Chorando Baixinho - Kaiser Bock Winter Festival - SP - 1997

Nossa homenagem ao grande músico Paulo Moura

terça-feira, 6 de julho de 2010

Mario Adnet e Ouro Negro para executar a música de Moacir Santos

    Link : Aqui e Aqui 

Quando Ouro Negro foi lançado no Brasil em 2001, a recepção pela imprensa foi muito favorável. O público também reagiu da mesma forma. A qualidade da produção foi de tal calibre que um jornalista escreveu que se houvesse algo negativo sobre este duplo CD seria apenas o título. Claro, ele fazia referência ao fato de que este excelente tributo contou em parte com o apoio financeiro da Petrobrás. A escolha do título inevitavelmente levava o ouvinte a ligar o maestro com o outro ouro negro que tanto dependemos nos dias de hoje. Três anos mais tarde, Adventure Music então lança o mesmo trabalho para um mercado mais amplo. Os CDs vem em um pacote semelhante ao original e incluem o livreto cheio de fotos com informações sobre o maestro, os intérpretes e as canções.




Moacir José dos Santos nasceu a 26 de julho de 1926 no interior de Pernambuco. Um de quatro irmãos, ele perdeu sua mãe quando tinha ainda apenas 3 anos de idade. Foi então criado por sua madrinha. Na sua infância, um de seus passatempos favoritos era fazer jogos musicais com os seus amigos do bairro. Eles se juntavam e e imitavam a banda local na praça principal. A brincadeira virou realidade aos 14 anos de idade, quando ele começou mesmo a tocar vários instrumentos, incluindo o violão e bateria. O resto ficou parte da história. O Maestro Moacir Santos viajou o mundo.


Mario Adnet
Ouro Negro foi produzido por Mario Adnet e Zé Nogueira e usou as transcrições originais dos arranjos criado pelo próprio Moacir Santos em seus discos Coisas (Forma 1965), Maestro (Blue Note 1972), Saudade (Blue Note 1974) e Carnival of Spirits (Blue Note 1975). Para se ter uma idéia da grandeza deste trabalho, Zé Nogueira e Mario Adnet tiveram que recriar as partituras do álbum Coisas porque os originais haviam se perdido quando a Forma foi vendida à PolyGram. Portanto, o que temos aqui é a música original em arranjos originais e em alguns casos com a própria presença de Moacir Santos. Quanto aos vários convidados especiais, o projeto conta com as participações especiais de Mílton Nascimento, Djavan, Gilberto Gil, Joyce e vários outros. Isto faz de Ouro Negro um grande tributo com os melhores intérpretes da nossa música. Mas não paramos aí. Dentre os músicos convidados destacam-se Mario Adnet e Ricardo Silveira (violão, guitarra), Cristóvão Bastos e Marcos Nimrichter (piano), Jorge Helder (baixo), Nailor Proveta (sax alto), Zé Nogueira (sax soprano), Teco Cardoso (sax barítono), Hugo Pilger (cello), Jessé Sadoc (trompete) e outros da nata musical.



A partir da primeira faixa, "Nanã," uma das melodias mais conhecidas de Moacir, o ouvinte é agraciado com uma grande entrada no mundo musical deste maestro. No livreto incluído com os CDs existem notas sobre cada canção, fato este que torna este trabalho ainda mais valioso. Você tem assim a visão do compositor para cada faixa. Esta perspectiva nem sempre é mostrada em outros trabalhos e tem muito valor naturalmente. O primeiro convidado especial a se apresentar é Mílton Nascimento cantando "Coisa Nº 8 - Navegação". Sua interpretação é lindíssima, principalmente nos trechos onde ele usa o seu falseto. Segundo o Maestro, esta música foi inspirada em "Vem Morena" de Luiz Gonzaga. Esta ligação com o nordeste continua em outras faixas, como por exemplo em "Mãe Iracema" (inspirada no romance de José de Alencar, Iracema). Um outro exemplo está em "Bluishmen", onde Moacir fala das semelhanças raciais entre tribos da costa da África e outros negros no Ceará. Esta mistura de temas brasileiras e universais na música de Moacir Santos é apenas uma razão para tornar Ouro Negro neste excelente e marcante trabalho.

Texto : Egídio Leitão


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Moacir Santos é sem dúvida, uma das personalidades musicais Brasileiras mais importantes deste século. Este CD reúne 26 músicas do maestro e saxofonista Moacir Santos, interpretadas por grandes nomes da MPB, como Milton Nascimento , Joyce, João Bosco, João Donato, Ed Motta
Faixas :

CD 1

1. Coisa Nº 5 / Nanã

2. Suk-cha

3. Coisa Nº 6

4. Coisa Nº 8 / Navegação - Participação Especial: Milton Nascimento

5. Amphibious

6. Mãe Iracema

7. Coisa Nº 1

8. Sou Eu (luanne) - Participação Especial: Djavan

9. Bluishmen

10. Kathy

11. Kamba

12. Coisa Nº 9

13. Orfeu (quiet Carnival) - Participação Especial: Ed Motta

14. Amalgamation



CD 2

1. Coisa Nº 7 (evocative}

2. Coisa Nº 2

3. Lamento Astral

4. Maracatu, Nação do Amor - Participação Especial: Gilberto Gil

5. Coisa Nº 4

6. Coisa Nº 10

7. Jequié

8. Oduduá - Participação Especial: João Bosco

9. Coisa Nº 3

10. Anon

11. Quermesse

12. De Repente, Estou Feliz - Participação Especial: Joyce,João Donato

13. Maracatucutê

14. Bodas de Prata Dourada - Participação Especial: Muiza Adnet,Sheila Smith

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Miucha e Antonio Carlos Jobim

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Este é um grande álbum para os fãs de Antonio Carlos Jobim, e os da Miucha.

Este álbum foi gravado em 1977.


Junto com Miucha, Tom  mais uma vez , mostra o gênio que é . Aqui, toca e canta  com Miúcha duas canções de suas composições , juntamente com obras de outros compositores brasileiros de topo como Chico Buarque de Hollanda (em três canções), Caetano Veloso, Ary Barroso e Vinícius de Morais.


A voz de Miucha, está no seu melhor e todo mundo parece tão relaxado que você gostaria de estar lá no estúdio. Na verdade, este é um daqueles álbuns onde você pode sentir o profundo espírito de amor e amizade entre todas as pessoas envolvidas com o convidado especial: Chico Buarque.



Faixas :

1 Vai Levando

2 Tiro Cruzado

3 Comigo É Assim

4 Na Batucada Da Vida

5 Sei Lá (A Vida Tem Sempre Razão)

6 Olhos Nos Olhos

7 Pela Luz Dos Olhos Teus

8 Samba Do Avião

9 Saia Do Caminho

10 Maninha

11 Choro De Nada

12 É Preciso Dizer Adeus