sábado, 29 de maio de 2010

Keith Jarrett está em casa !

"Todo músico de jazz um dia vai pro céu. Chick Corea morre. Ao chegar diante de São Pedro, ele escuta o som de piano e escabreado pergunta:" O Keith Jarrett também morreu !?! "O santo ri:" Não meu filho , o Keith Jarrett está vivo na Terra ...". Corea cruza o portão celeste, volta a ouvir o inconfudível piano e tem  um chilique. Dá meia volta e diz: "Você me enganou, São Pedro! disse que ele não estava aqui! ". Santo que é santo não perde a calma, e São Pedro repete:" Não Keith Jarrett não esta aqui...". Corea insiste: "Ah, é!?! E quem é que está aí tocando piano desse jeito !?!"  São Pedro  enfim entende o que pertuba o recém-chegado: "Ah, fique calmo. É Deus. Quando Ele toca piano, acha que é  Keith Jarrett ..." ".

Link: Aqui

"Gosto Muito Dessa anedota. Porquê às vezes é dificil acreditar também em Keith Jarrett, no que ele faz quando está ao  piano, em particular na  intermitente série de concertos solo, inteiramente improvisados,  série da qual " The Köln Concert ", de 1975, é o disco mais famoso e mais vendido. Imagine, sentar-se diante de uma platéia, sem nenhum roteiro prévio, nenhuma idéia em mente e  tocar. Tocar, sonhar talvez. Nessas horas, lembro-me de David Bem-Gurion falando de Albert Einstein : "Voce compreende que Einstein é um cientista que não precisa de laboratório,  de equipamento, de instrumento de qualquer tipo !?! Ele senta apenas senta numa sala vazia, com uma  caneta , um pedaço de papel e seu cérebro ".

As salas nunca estão vazias para  Keith Jarrett e um piano é um tremendo de um  instrumento, complexo paca  . Porém à sua  moda  o músico americano relativizou também nossas noções de tempo e espaço. Ouvir um desses concertos exige do ouvinte a mesma entrega do compositor instantâneo / Intérprete, exige a suspenção da descrença e da própria realidade.Quando isso ocorre, ficam os dois, um de cada lado do aparelho de som, pontuando os shows com "ahs" e "uhs", interjeições orgiásticas , tão características de Jarrett quanto de outro  gênio do piano, o erudito canadense Glenn Gould. Diferentemente de Jarrett, Gould que retirou-se das salas de concerto muito antes de morrer aos 50 anos, em 1982.


Keith Jarrett não foi praticar piano entre as nuvens   , felizmente mas graças a ele nos já estamos no sétimo céu há muito tempo .


                                                                                                                              (Texto: Arthur Dapieve)



O sentimento que fica ao terminar de ouvir The Köln Concert e seus sessenta e cinco minutos de rara beleza musical é o de esperança. Esperança, sobretudo, na obra humana, de como o homem tenta nobremente se igualar a Deus em fortuna criativa, sem dever-lhe, em certos casos, quase nada.

Keith Jarrett  comecou como saxofonista de Charles Lloyd em 1966, tocando sax soprano e eventualmente piano. Nos anos 80-90, Além dos concertos solos e dos concertos de música erudita, formou o trio Standarts com  DeJornette   e Peacock .
***********************

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Hank Jones & Tommy Flanagan - 1983 I'm All Smiles



"O mundo do jazz está consternado, ele era um gigante, um dos últimos de sua geração"


Morreu domingo dia 16de maio, o pianista de jazz Hank Jones que, em 70 anos de carreira, tocou com Charlie Parker e Ella Fitzgerald e foi uma das referências de seu instrumento. Ele tinha 91 anos e estava com câncer na próstata. Dono de um toque ágil e refinado, forjado na época de ouro do bebop, em Nova York, nos anos 50, Jones era o último sobrevivente de uma família de músicos que incluía o arranjador e trompetista Thad e o baterista Elvin, ambos grandes nomes da história do jazz. "Ele era um dos mestres. Seu som, seu jeito de tocar e suas ideias eram todas sobre sentimento", disse o saxofonista Joe Lovano, que colaborou com o pianista em várias gravações. Ao longo de sua carreira, Jones tocou em centenas de discos com grandes nomes como Coleman Hawkins, Lester Young e John Coltrane. Na edição de 2009 do Jazz Awards, Jones foi escolhido "pianista do ano". Agradeceu como se fosse ainda um principiante. "Isto é uma honra para mim e também um incentivo para ser cada vez melhor".

link: Aqui e Aqui

1 Relaxin 'em Camarillo .... Parker 05:10

2 In a Sentimental Mood .... Ellington, Kurtz, Mills 07:12

3 Someday My Prince Will Come .... Churchill, Morey 06:25

Quatro da tarde em Paris .... Lewis 04:00

5 Au Privave .... 06:03 Parker

6 I'm All Smiles .... Leonard 04:47

7 Rockin 'in Rhythm .... Carney, Ellington, Mills 04:30

8 Con Alma .... Gillespie 06:25





Créditos

Tommy Flanagan Piano

Hank Piano Jones



Gravado em Villingen, na Alemanha Ocidental em 07 de maio de 1983

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Eartha Kitt, a Dama do Cabaré

Link: Aqui e Aqui

 QUANDO eu sou, eu sou boa - mas, QUANDO sou má , sou muito melhor! 

Quem disse isso? Mae West, claro. Mas poderia ter sido dito também por Eartha Kitt, a lendária cantora americana que surgiu nos anos 50 como uma espécie deencarnação negra e felina  do demonio. Pelo menos, assim era que as platéias americanas e européias a viam . Suas canções eram sempre sensuais no minimo maliciosas. Seu geito de ronronar ao  microfone foi certamente aprendido com os gatos. E como ex-dançarina, ela se movia no palco com um  de estoque de segundas intenções que perturbava os músicos que a acompanhavam  - como com a mão a  coxa nua que despontava do vestido com uma bela abertura de lado. Muito antes Que  palavra ficasse na moda, Eartha Kitt já era  "BAD".


Com as palavras acima Ruy Castro, me apresentou essa grande Dama.



Não Sabia o Que estava Perdendo ...


TRACKLIST



Créditos


Vocais Apoio - Diane Wilson, Stewart Maeretha, McCullough Ullanda, Yvonne Lewis

Baixo - Neil Jason

Guitarra - Scheniman Bill, Ira Siegel

Teclados - Zarr Fred (FAIXAS: 1-8 e 11)

Percussão - Basmiri Johnson