quarta-feira, 25 de novembro de 2009

ADIVINHA QUEM EU OUVI HOJE !?! CARMEN McRAE !




Carmen McRae - After Glow - 1957




Eu gostaria de apresentar um dos meus álbuns favoritos por uma das minhas cantoras de jazz preferida: Carmen McRae, no álbum "After Glow" , gravado em Nova York, 6,7 de Março e 18 de abril de 1957, com o pianista Ray Bryant que acompanha a cantora em quatro faixas e com o apoio de um trio de jazz que é impecável em todas as faixas. Nesse disco, você vai encontrar a primeira versão gravada de "Guess Who I Saw Today?" (Adivinha quem eu vi hoje?) - Um grande sucesso, alguns anos mais tarde na Voz da Nancy Wilson .




Carmen McRae (1920-1994) que se recusou a parar de fumar, foi forçada a se aposentar em 1991 devido ao enfisema. Era compositora, pianista, cantora, vocalista ...

Em "After Glow" , Você vai se encontrar com fraseado elegante e sofisticado de  McRae , na mesma linha de Sarah, Ella, Billie...


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Turma da Cozinha:

Ronnel Bright - Piano
Ray Bryant - Piano
Ike Isaacs - Baixo
Carmen McRae - piano, voz
Specs Wright - Bateria


Faixas / Compositor / Tempo:

1. I Can't Escape From You (Leo Robin, Richard Whiting) - 03:34
2. Guess Who I Saw Today (Grand Murray, Elisse Boyd) - 03:38
3. My Funny Valentine (Richard Rodgers, Lorenz Hart) - 04:23
4. Pequenas coisas que significam muito (Harold Adamson, Teddy Wilson) - 03:18
5. Im Through With Love (Matt Malneck, Joe Livingston, Gus Kahn) -04:09
6. Nice Work If You Can Get It (George Gershwin, Ira Gershwin) - 02:33
7. East Of The Sun (West Of The Moon) - (Brooks Bowman) - 02:15
8. Exactly Like You (Jimmy McHugh, Dorothy Fields) - 02:09
9. All My Life (Sam H. Stept, Sidney Mitchell) - 04:19
10. Between The Devil And The Blue Sea (Harold Arlen, Ted Koehler) - 02:31
11. Dream Of Life (Luther Henderson Jr., Carmen McRae) - 04:00
12. Perdido (Juan Tizol, Hans Lengsfelder, Ervin Drake) - 02:15


Link: Aqui

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domingo, 22 de novembro de 2009

NARA LEÃO – O CANTO DOS ANOS DOURADOS

 

Nara Leão - Meus Sonhos Dourados - 1987
Link:: Aqui
 
 

"Extremamente tímida em sua infância, Nara desistiu de aprender o acordeom, instrumento da moda na época, para se dedicar ao violão, que acabou se tornando o companheiro de toda a sua vida. Um de seus primeiros namorados foi Roberto Menescal, ao qual apresentou o ritmo que estava encantando os Estados Unidos, o jazz.


Entediados com as músicas que estavam sendo feitas no país, Nara e seus amigos começaram a se reunir em sua casa para buscar ritmos diferentes e fazer uma nova música. Estava então definido o ponto de encontro de artistas como Ronaldo Bôscoli e João Gilberto, que, juntamente com outros grandes nomes da música brasileira, criou a bossa-nova. Nara Leão tornou-se a musa daqueles rapazes que queriam fazer músicas com poesias.

Com o aumento do interesse pelo novo ritmo, as apresentações nos apartamentos ficaram pequenas para o crescente público e, assim, começaram as apresentações em universidades e boates. Em sua estréia em um desses grandes shows, Nara ficou tão nervosa que se apresentou de costas para o público.


Noiva do cantor e compositor Ronaldo Bôscoli, Nara rompeu com o músico após saber que o mesmo tivera um caso durante uma viagem pela América do Sul com a cantora Maysa. A sua estréia profissional aconteceu com o musical de Vinícius de Moraes e Carlos Lyra, 'Pobre Menina Rica'. Apesar da superprodução, o espetáculo não fez o sucesso esperado.


O sucesso da garota da zona sul chegou com o lançamento do seu primeiro disco, em 1964, onde a cantora surpreendeu com o resgate de músicas de sambistas como Cartola e Nelson Cavaquinho, e de músicas engajadas, fugindo da temática da bossa-nova, que só tratava de temas como o sorriso, o amor e o mar.


A cantora foi a estrela do show Opinião, ao lado de João do Vale e Zé Kéti, um dos mais aclamados da MPB. Só teve que sair por problemas de saúde, escolhendo a cantora Maria Bethânia para ficar em seu lugar. Logo depois, estreou o espetáculo 'Liberdade, Liberdade', que foi censurado após pouco tempo em cartaz.


A menina tímida, que tinha medo do palco, tornou-se uma mulher com opiniões firmes e contestadoras, chegando a fazer ofensas aos militares em pleno regime militar. "Os militares podem entender de canhão ou de metralhadora, mas não 'pescam' nada de política", disse a cantora em uma entrevista em 1966. Apesar de o então presidente, Arthur da Costa e Silva, querer enquadrá-la na Lei de Segurança Nacional, uma legião de intelectuais saiu em sua defesa, entre eles o poeta Carlos Drummond de Andrade.


Nara Leão foi uma das primeiras cantoras consagradas a apoiar a Tropicália, outro movimento musical que revelou grandes nomes como Caetano Veloso e Gilberto Gil. Foi também ao cantar 'A Banda', de Chico Buarque, que Nara ganhou o 2° Festival de Música Popular Brasileira.


Após um tempo no exílio na Itália e na França, onde permaneceu casada com o cineasta Cacá Diegues e teve sua primeira filha, Isabel, Nara retornou ao Brasil, onde teve o seu segundo filho, Francisco. Nesta fase, dedicou-se quase que exclusivamente à maternidade e foi estudar psicologia.

Nara Leão retomou aos poucos a sua carreira cantando com amigos e fazendo shows por todo mundo, principalmente no Japão, onde tinha um público cativo.


Em 1987, no disco Os Meus Anos Dourados, fez versões dos clássicos de filmes americanos das décadas de 40 e 50 e cantou ao lado do grande amigo Roberto Menescal. Para os que criticaram a "musa protesto" por cantar músicas americanas, ela respondia:


"Acho uma pena que algumas pessoas ainda pensem de forma preconceituosa em relação à música internacional. Eu prefiro seguir o critério qualitativo. Para ouvir a pior imitação da música estrangeira, prefiro ouvir jazz e Sarah Vaughan."

 Aos 47 anos, na manhã de 7 de junho de 1989, Nara morreu devido a um tumor inoperável no cérebro. ".

(Fonte: Carlos Diegues)

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Faixas / Compositores :

01 - Eu Gosto Mais do Rio (How About You) (Lane / Freed / Vrs. Pacífico Mascarenhas) - with excerpts of "Ela É Carioca" (Tom Jobim / Vinicius de Morais) and "Garota De Ipanema" (Tom Jobim / Vinicius de Morais) 
02 - Um Sonho de Verão (Moonlight Serenade) (Miller / Parish / Vrs. Nara Leão)
03 - Garoto Levado (Lullaby Of Birdland) (Shearing / Foster / Vrs. Carlos Colla)
04 - Milagre (Misty) (Garner / Burke / Vrs. Ronaldo Bôscoli)
05 - Bobagens de Amor (Tea For Two) (Youmans / Irving Caesar / Vrs. Paulo Sergio Valle)
06 - Jamais (The Boy Next Door) (Martin / Blane / Vrs. Fátima Guedes)
07 - Além do Arco-íris (Over The Rainbow) (Arlen / Harburg / Vrs. Nara Leão)
08 - Aqui no Mesmo Bar (As Time Goes By) (Hupfeld / Vrs. Edmundo Souto)
09 - Coisas Que Lembram Você (These Foolishing Things) (Stracey / Marvell / Link / Vrs. Aloysio de Oliveira)
10 - Me Abraça (Embraceable You) (George Gershwin / Ira Gershwin / Vrs. Nara Leão)
11 - Como Vai Você (What's New) (Haggart / Burke / Vrs. Nara Leão)



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"Meus Sonhos Dourados" tem alguma tristeza no fundo, talvez por ser um dos ultimos discos gravado pela Nara antes de partir. Esse disco foi feito na época ,pensado no mercado japonês...assim como esse post, que é dedicado ao Sr. Pituco que toca - a vida, naquela terra tão distante .

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

OS 3 MOSQUETEIROS (QUE ERAM 4)

Oscar Peterson - Ray Brown - Milt Jackson
What's Up The Very Tall Band - 1998




Se gosta de boa música, você vai adorar este disco!

E não é para menos: Oscar Peterson, Milt Jackson e Ray Brown tocando juntos. E que solos maravilhosos o baterista deste álbum Karriem Riggins, dá. É para Fig nenhum botar defeito.



 Simplesmente fabuloso!

Então, se esparrame confortavelmente sofá, coloque uma meia luz no abajur que nem precisa ser lilás , prepare o seu drink favorito, ponha pra rodar o disco na vitrola, e ao ouvir os moços tocando, se deixe levar nesta viagem maravilhosa ...




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Gravado em novembro de 1998, no Blue Note, Em Nova York. Os currículos individuais destes músicos servem como marcadores de capítulos importantes da história do jazz:


Ray Brown é história viva do jazz. Ele descobriu e excursionou com o Jazz at the Philharmonic (JATP) E é mais conhecido por seu trabalho com uma banda de Dizzy Gillespie e os quinze anos com o Oscar Peterson Trio. Ele tocou com grandes nomes da gravação: Frank Sinatra, Billy Eckstine, Tony Bennett e Ella Fitzgerald com quem foi casado.


Oscar Peterson entre outras coisas, foi lider de dois dos trios de jazz mais populares no mundo, um com o baixista Ray Brown e o guitarrista Herb Ellis.E outro com Ray Brown e o baterista Ed Thigpen.


Milt Jackson, um dos maiores improvisadores do jazz, Foi originalmente contratado por Dizzy Gillespie para o seu Sexteto de bebop com Charlie Parker. Foi um dos membros fundadores do Modern Jazz Quartet.



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Turma da Cozinha:


Oscar Peterson - Piano
Ray Brown - Baixo
Milt Jackson - Vibrafone
Karriem Riggins - Bateria




Faixas / Compositores / Tempo:


1. Squatty Roo (J. Hodges) 8:17
2. Salt Peanuts (Gillespie-Clark) 8:14
3. Ad Lib Blues (L. Young) 10:20
4. If I Should Lose You (Rainger-Robin) 7:12
5. Limehouse Blues (Braham-Furber) 6:51
6. Suaves Ventos (Henderson-Alfred) 7:59
7. The More I See You (Gordon-Warren) 8:40



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Sr. John Lester : Será que dá pra você imaginar a "Jam Session", que esses senhores músicos, devem estar fazendo lá em cima !?!

    

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

UM PIANISTA DE SONS INSPIRADOS

Hampton Hawes - For Real! (1958)

Link : Aqui e Aqui




Hampton Hawes foi um dos melhores pianistas de jazz da década de 1950 e 60. Ele tocou com Sonny Criss, Dexter Gordon e Wardell Gray, entre outros.

 Detido por posse de heroína em 1958, logo após gravar esse disco , Hawes passou cinco anos engaiolado, até que foi perdoado pelo presidente Kennedy. Morreu repentinamente de uma hemorragia cerebral em 1977, com apenas 48 anos.



Hampton Hawes  era um pianista de sons inspirados e estava com certeza em sua melhor forma durante todo esse disco...





Pessoal da Cozinha :

Harold Land (sax tenor)
Hampton Hawes (piano)
Scott LaFaro (baixo)
Frank Butler (bateria)





Faixas:

1. Hip
2. Wrap Your Troubles In Dreams
3. Crazeology (Little Bennie)
4. Numbers Game
5. For Real
6. I Love You






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Ao amigo Érico , que um dia não muito distante, me chamou a atenção para esse belíssimo disco...e ao Fig,que desejou uma vida bem loooooooooooonga ao blog,
Meu muito obrigado.
Valeu !!!

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

OSCAR EMMANUEL PETERSON

The Oscar Peterson Big 6 At Montreux (1975)


Este álbum é Peterson em sua melhor forma, onde cada música é melhor do que a outra. Na minha humilde opinião, pode ser um dos maiores álbuns já registrado na história do jazz.


Esta é uma sessão de julho 1975 no Festival de Montreux, e para todos, uma intensa jan session . Tem apenas as 4 faixas, e todos elas são mais de 10 minutos de duração. É som ao vivo,  pra ninguém botar defeito!






A Banda :


Oscar Peterson - Piano
Milt Jackson - Vibrafone
Joe Pass - Guitarra
Toots Thielemans - Harmônica
Niels Pederson - Baixo
Louis Bellson - Bateria


As Faixas, Compositores e Tempo :


01 Au Private ( Charlie Parker ) (11:03)
02 Here's That Rainy Day ( Johnny Burke / James Van Heusen ) (10:09)
03 Poor Butterfly ( John Golden, Raymond Hubbell ) (15:34)
04 Reunion Blues ( Milt Jackson ) (13:29)


Um dos elementos maravilhosos na banda é a gaita. Assim que você ouvir o solo de abertura do álbum você percebe que Thielmans é o cara! E Milt Jackson !?! Nossa! Maravilha, maravilha !Os músicos... todos têm bastante espaço para se espalhar nos blues e na balada . Além do que, eles são muitos competitivos e se complementam. Algumas faíscas voam quando os eles se desafiam , nos solos maravilhosos. Não é por menos que Peterson, é considerado até hoje por muitos críticos, como um dos maiores pianistas de jazz de todos os tempos.


Oscar Peterson, pianista canadense, uma das grandes lendas do jazz, morreu em 23 de dezembro de 2007, de insuficiência renal. Ele tinha 82 anos.


Esse disco ao vivo, é uma festa, feito para alegrar o seu dia, sua tarde e as suas noites ...

Deixei até, o CD inteiro no Podcast JazZona, só pra você ouvir...


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Dedico esse post  ao Mister.Sergio Sônico, meu  prmeiro comentante do blog, e vizinho de bar lá do Leblon  .

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Billie Holiday at Storyville Club





Billie Holiday - The Complete 1951 Storyville Club Sessions
Link  : Aqui






Um dos grandes equívocos das artes é que uma artista como ela, tem que ter uma "alma torturada" para produzir um grande trabalho. Drogas, abuso de álcool, e os maridos abusivos que pontilharam sua vida e sua carreira.






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"O pequeno conjunto tocando por trás dela é de uma simplicidade no seu melhor. O som de "Them There Eyes", "I love you, Porgy" e de "Billie's Blues", é tudo que eles queriam ouvir... A música , atrás apenas daquela pequena voz batida, voz um pouco cansada e um pouco mais profunda, é bem sutil ...Ela se apresenta desempenhando a minha favorita : "I Cover The Waterfront" .A voz de Billie Holiday é soberba, e os músicos Stan Getz (sax tenor) Buster Harding (piano) John Fields (baixo) e Marquis Foster (bateria) mantem o pessoal do Storyville Club , ligado ao ouvir esse som genuíno."




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De 20 a 26 de abril de 1959, Billie apresentou-se no Storyville Club em Boston, em sua última sessão gravada. Entre as canções, interpretou "When your love has gone", que infelizmente não fez parte do disco:


"Que horas solitárias as sombras do anoitecer nos trazem
Que horas solitárias, nas quais as memórias divagam
Como flores murchas, a vida não tem significado
Quando teu amor te abandonou"

Cantou Billie, em homenagem ao seu amigo Lester Young, falecido pouco antes (15 de março).
Ao final de maio, Billie foi levada ao hospital, vindo a falecer em 17 de julho, aos 44 anos.
Esta é uma gravação histórica, por ser o último registro gravado de sua carreira.

Faixas:
01 You're Driving Me Crazy
02 Lover Come Back To Me
03 Ain't Nobody's Bizz-Ness If I Do
04 He's Funny That Way
05 Billie's Blues
06 Miss Brown to You
07 Detour Ahead
08 Starnge Frutas
09 Ain't Nobody Bizz-Ness If I Do
10 All Of Me
11 I Love You Porgy
12 Miss Brown to You
13 Billie's Blues
14 Lover Man
15 Them There Eyes
16 My Man
17 I Cover The Waterfront
18 Crazy He Calls Me
19 Lover Come Back To Me



terça-feira, 10 de novembro de 2009

STAN GETZ : O CONCERTO FINAL

link : Aqui :
THE FINAL CONCERT RECORDING (2001)


Concerto final é prova positiva de que a perfeição, ou perto da perfeição, é possível. Getz, com a ajuda de alguns dos músicos mais talentosos do mundo, executa uma variedade de composições em diferentes tempos e estilos, que a maioria dos músicos só podem sonhar em fazer. Stan Getz dá o seu concerto final, vindo a falecer meses depois. O CD é uma obra-prima para qualquer amante de jazz. Agora, podemos esperar que Getz e outros companheiros , estão lá em cima tocando essas magníficas músicas numa verdadeira e Legendary Jam Sessions , deixando o Mr. Ruffo , que tem todos os discos do moço aqui em baixo, quase morrendo ( no bom sentido! ) de inveja.

Turma da cozinha:
Stan Getz (ts) Kenny Barron (p) Eddie Del Barrio, Frank Zottoli (SYN) Alex Blake (b), Terri Lyne Carrington (d)

Local da gravaçâo :
"Philharmonic Hall", Munique, Alemanha Ocidental, 18 de julho de 1990

Faixas :

CD 1.
01 Apasionado
02 On A Slow Boat To China
03 Soul Eyes
04 Espagnira (Espanola)
05 Coba
06 Seven Steps to Heaven
07 El Cajon

CD 2.
01 Yours And Mine
02 Voyage
03 Lonely Lady
04 Blood Count
05 What Is This Thing Called Love?
06 People Time
07 Amorous Cat

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Ele foi uma inspiração constante

"Sua abordagem ao baixo ... era uma coisa bonita de ver ... Ele foi uma inspiração constante."
( Bill Evans )



Data da gravação : 1961-1985 Lançado em 2009

Scott LaFaro - Pieces Of Jade.rar (109 MB).

Link : Aqui


A história de LaFaro é maravilhosa, não só por causa de suas próprias proezas como músico, mas também devido aos músicos que já acompanhou .

Quem aos 25 anos poderia dizer que já tocou com Benny Goodman, Ornette Coleman, Chet Baker, Stan Kenton, e Bill Evans?

Apenas um. LaFaro Scott !

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Publicação: Jornal do Brasil - Caderno B em 11/10/2009


"Numa enquete promovida pela Downbeat (edição de outubro) sobre o porquê da durabilidade do jazz - que neste ano em que a revista comemora o 75 ª aniversário - seu ex-editor Dan Morgenstern, diretor do Instituto de Estudos de Jazz, respondeu:

"Em primeiro lugar e , principalmente, por ser uma linguagem musical tão desafiadora, sedutora e adaptável que continua, depois de mais ou menos um século de NOTÁVEL criatividade, a atrair jovens e talentosos músicos, enquanto que dela nunca se cansam aqueles que lhe dedicam toda uma vida ... Vocês não Têm visto Hank Jones? ".


Aos 91 anos, ainda em atividade, Hank Jones foi, finalmente, Introduzido não Hall da Fama da DB, na votação anual dos críticos, divulgada em agosto. Seus irmãos também cultuados - o trompetista arranjador Thad e o baterista Elvin, que morreram aos 63 e 76 anos, em 1986 e 2004, respectivamente - já lá estavam.


Mas há músicos que, apesar de SURPREENDIDOS pela morte ainda bem jovens, foram excepcionais figuras na história do jazz, como Jimmy Blanton (1921-42), Charlie Christian (1916-42), Fats Navarro (1923-50) e Clifford Brown ( 1930-56). Todos estão sem Hall da Fama da chamada Bíblia do jazz, mas foram lembrados só muitos anos depois de mortos.


Blanton - que libertou o contrabaixo da Função puramente metronômica, na orquestra de Duke Ellington, ou em duetos com seu Descobridor - só mereceu uma distinção no ano passado, mesmo assim por obra e graça do "Comité de Veteranos" da DB, liderado por Ira Gitler.


O baixista Scott LaFaro É uma das mais clamarosas ausências nesse Olimpo erigido pela crítica especializada. Ele morreu aos 25 anos, num desastre de automóvel, em 5 de julho de 1961 - 10 dias depois dos conjuntos históricos gravou que no Village Vanguard (álbuns de domingo no VanguardeWaltz Village for Debby, originais Riverside), como integrante do "trio dos trios " do pianista Bill Evans, e na bateria com Paul Motian .


O lapso deverá ser corrigido no proximo ano, em virtude de um inesperado e significativo aidemémoire: o lançamento, pela ressonância, do CD Pieces de Jade, Com cinco registros inéditos de LaFaro, Daquele mesmo ano, em trio com o pianista Don Friedman e o baterista Pete LaRoca. Além disso, o "tesouro" revelado por George Klabin - fundador da etiqueta e produtor do disco - é acompanhado de uma entrevista (13m) dele com Bill Evans, de 1966, sobre o baixista admirável, de um "tape" com um ensaio da dupla em torno de "My Foolish Heart" (22m40), de 1960, que vale pelo seu caráter documental, descontada a baixa qualidade do som, e um solo maravilhoso de Friedman, "Memórias de Scotty" (6m20), gravado em 1985.


As faixas em que o trio Friedman, LaFaro, LaRoca esbanja técnica e musicalidade num nível surpreendentemente elevado para jovens jazzmen tão (um era o líder só um ano mais velho do que o baxista e LaRoca dois anos mais moço) são: I "Hear a Rhapsody" (6m15) e "Woody'n você (5m37 ), os pontos culminantes da sessão, Desenvolvidos em andamentos bem rápidos ; "Green Dolphin Street" (6m35), com LaFaro dedilhando linhas melódico-ritmicas tão preciosas como as que o consagrariam em "Waltz for Debby", e "Gloria's Step Jade visões, nas sessões do Village Vanguard; dois toma de Sacre Bleu, Composição de Friedman.


Pieces de Jade não deve rer apreciado apenas pelos jazzófilos,  como um achado um enriquecer a discografia de LaFaro, Que já seria NOTÁVEL se resumida aos dois primorosos álbuns da Riverside e à sua participação em Free Jazz (Atlantic, 1960) - Com o revolucionário duplo quarteto de Ornette Coleman, no qual o outro era baixista Charlie Haden. O CD bolado por Klabin vale também como um puxão de orelha (ou de ouvido todos) aqueles em que - como nós - haviam se esquecido do soberbo pianista Don Friedman. By the way, ele está bem vivo e ativo, aos 74 anos"


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A história ? Deixo por conta do nosso principal contador de histórias o Sr. Érico Cordeiro, cuja postagem eu dedico.

Voltei ...Aqui é meu lugar !

Minha emoção é forte, Eu voltei para ficar...

Vaaaascooooooooo!

domingo, 8 de novembro de 2009

Trio Da Paz: Black Orpheus :: 1994

O filme franco-Italiano-brasileiro "Orfeu Negro" se Clá Tornou UMssico Mundial Desde Que foi premiado com uma Palma de Ouro em Canne nd França em 1959. Ganhou o tambem Globo de Ouro e Oscar em 1960 o Como Melhor filme estrangeiro.Dirigido Por Marcel Camus e nd Baseado Peça "Orfeu da Conceição"De Vinicius de Moraes, o filme narra Uma Relação mitológica de Orfeu e carnaval o Eurídicedurante no Rio de Janeiro. A música interpretada Principalmente Por Antonio Carlos Jobim e Luiz Bonfá Provalvelmente DEPOIS das Músicas" Aquarela do Brasil "e" Garota de Ipanema ", "Manhã de Carnaval" e sem dúvida Uma das Mais gravadas Aqui e Brasil e fóruns de lá.



    

O Trio da Paz, OS revisita Clássicos não "Orfeu Negro" Seu SEgundo álbum Gravado em 1994. Quatro das Canções executadas (FAIXAS 6,8,11, e 12) não o fazem parte da trilha sonora do filme



Turma da Cozinha:
Romero Lubambo: Guitarra,
Nilson Matta: Bass
Duduka da Fonseca: Bateria e Percussão.


Ilustres Convidados:
Herbie Mann: Flautas
Claudio Roditi: Trompete e Flugelhorn
Nana Vasconcelos: Percussão
Maucha Adnet, Geoff Mann & Fonseca Da Alana: vocais
Jorge Silva & Cyro Baptista: Percussão.


FAIXAS e Compositores:
1. A Felicidade (Antonio Carlos Jobim - Vinícius de Moraes)
2. Frevo (Antonio Carlos Jobim)
3. A Felicidade (Antonio Carlos Jobim - Vinícius de Moraes)
4. Manhã de Carnaval (Vocal) (Luiz Bonfá)
5. O Nosso Amor (Antonio Carlos Jobim)
6. Chão de Estrelas (Sílvio Caldas - Orestes Barbosa)
7. Samba de Orfeu (Luiz Bonfá - Antonio Maria)
8. Dona Maria (Duduka da Fonseca)
9. A Felicidade (Vocal) (Antonio Carlos Jobim - Vinícius de Moraes)
10.Manhã de Carnaval (Luiz Bonfá)
11.Namacumba (Naná Vasconcelos)
12.Hugs & Kisses (Nilson Matta)
13.Samba de Orfeu (Vocal) (Luiz Bonfá - Antonio Maria)


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sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Cheryl Bentyne aqui longe da sua base ...



Link novo:  Aqui




Cheryl brilha aqui longe da sua base : O Manhattan Transfer. Afinal ela é uma solista vocal mais que comprovada.

Este álbum e simplesmente mais uma prova de que ela e uma "mestre" da maneira de cantar , sem firulas, fazendo com que tenha uma das vozes mais desejadas no mundo musical.



Como o próprio amor , o álbum segue uma trajetória que engloba uma serie de emoções - alegria, tristeza e todos os tons sutis entre eles. A viagem começa com o encontro inicial e termina com o inevitável adeus  .




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Temas : 

01. You Don't Know Me
02. Be My Love
03. Blue Moon
04. Let's Do It
05. Don't Say A Word
06. The Book Of Love
07. You Taught My Heart To Sing
08. You Go To My Head
09. Cry Me A River
10. I'm A Fool To Want You
11. Goodbye
12. The Book Of Love (Reprise)



Turma da Cozinha :


Zoe Allen, John Pizzarelli , Mark Kibble , Alvin Chea (Vocal ); Grant Geissman, Wayne Johnson ( Guitarra ), Charlie Bisharat ( violino ), Armen Ksajikian ( violoncelo ), Bob Sheppard ( saxofone tenor ), Chris Tedesco ( Trompete ), Corey Allen ( piano, teclados ), Bill Cantos (Piano ), Kevin Axt ( Baixo ), Dave Tull ( Bateria ), Don Alias e Scott Breadman ( Percussão ).





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Vou deixar na Vitrola do JazZona  "Be My Love"     A interpretação de Cheryl, nesta canção só é superada pelo violão de Wayne Johnson.






Música...


Vamos falar de música e sobretudo, de música.
Muita música!!!!
João Gilberto,Peterson, Caetano, Milt Jackson,  Gal,Toots Thielemans, Bethânia, Chico, Nana, Edu, Johnny Alf, Milton, Elis, Gil, Ellington, Chet, Miles, Ella, Billie, Bennett, Jobim... esses – e tantos outros –serão os nossos companheiros nessa viagem...